A inteligência coletiva é também o reflexo das inúmeras possibilidades de comunicação, troca e construção de conhecimento feitas através do hipertexto, uma sucessão de páginas digitalizadas e interconectadas.
O ciberespaço possibilita interação e interatividade, conceitos distintos, visto que o primeiro trata-se de um nível primário, e o segundo constitui-se num tipo de comunicação mais aprofundado, onde é possível não apenas assistir ou visualizar, mas principalmente, modificar conteúdos.
O autor traz ainda o conceito de virtual, desmistificando o senso comum, onde muitas vezes, acredita-se que o virtual opõe-se ao real. O virtual não é concreto, mas também não é irreal. Um curso virtual, uma comunidade virtual não são palpáveis, mas não deixam de existir.
Por fim, Lévy explica que a essência da cibercultura é o universal sem totalidade, conceito que ele chama de "chave da cultura do futuro" (pág: 247).
Apesar de ser uma obra escrita em 1995, por explicitar conceitos importantes como os supra citados, esse livro tornou-se um marco na história das Tecnologias da Informação e Comunicação, servindo de referência básica para todos aqueles que se debruçam nos estudos sobre a era da informação.