Palavras de Alento

31 de dez. de 2010

Para Vocês

É o que desejo aos queridos leitores que acompanham minhas Impressões, Memórias e Desventuras.

A todos, um 2011 perfeito!


27 de dez. de 2010

Pasmaceira

Nada de novo sob o sol...
Parece que a blogsfera entrou em recesso de final de ano, e pelo visto todos os blogueiros estão de férias.
Comigo não será diferente, também vou dar um tempo!

Fui!

24 de dez. de 2010

Happy Christmas (?)

Não sei se será um Natal feliz pra mim. Detesto passar o Natal longe da família, dá uma sensação de abandono insuportável. Ainda estou no meu inferno astral, e pra piorar, TPM.
Catei esse clip no Youtube e fiquei ainda mais deprê. Quem não tiver estômago, nem abra!


Um grande abraço a todos os leitores desse blog, e um Feliz Natal, do fundo do meu coração.

21 de dez. de 2010

Ele Chegou!!!

Praieiros e praieiras de plantão estão em festa, a estação mais esperada do ano chega hoje à noite, às 21:38hs. 
Isso significa que, amanhã, nós habitantes do Hemisfério Sul, acordaremos sob a energia do verão, com o astro rei brilhando num céu azul limpinho, pronto para dourar os corpitchos de seus súditos.
Longe das badalações pré carnavalescas, pra mim, um dos melhores programas do verão, além da praia, é ver o por do sol na praia.
Não tenho do que reclamar: Adoro praia, moro numa cidade litorânea linda e estou de férias. 

Ô vidinha mais ou menos...

18 de dez. de 2010

Em Clima de Férias

Ontem foi um dia atípico. Meu astral estava tão bom, que nem o mau humor, nem as maledicências ou o desencontro me abalaram.
Fui com o grupo da escola onde trabalho a uma confraternização de final de ano num lugar inusitado, com direito a travessia de barco e tudo mais: Um famoso restaurante popular chamado Boca de Galinha.
O estabelecimento fica no subúrbio ferroviário e atrai pessoas de toda Salvador. Trata-se de um local sem nenhum luxo, porém com uma comida deliciosa, bom atendimento e um precinho camarada, além da linda vista pra península Itapagipana.
Foi um passeio agradável, num dia de sol sem calor, na companhia de pessoas com quem convivo o ano inteiro, com direito a uma passada na Sorveteria da Ribeira no final.
Sem dúvida, uma ótima maneira de entrar de férias!



15 de dez. de 2010

Então, é Natal!

Cedi ao apelo da mídia e de tudo o mais à minha volta. 
Aproveitei pra dar uma geral no blog, e instalei um layout novo, pra esses últimos 15 dias de 2010.
Minha relação com o Natal sempre foi boa, sempre gostei da festa, não achava que era motivo pra tristeza. Hoje esfriei. Não tenho mais aquela empolgação de sair pra comprar presentes, usar roupa nova, rever as pessoas... só armei a árvore aqui de casa pra não ficar descontextualizada. E também por causa do menino. Crianças adoram o Natal!
Cansei do corre corre nas ruas, dos shoppings lotados, dos engarrafamentos em torno deles, da falta de vagas nos estacionamentos... Quando se é criança tudo isso passa despercebido, deve ser por isso que é tão bom.
Perdeu-se o verdadeiro sentido, que é comemorar o nascimento de Cristo. Nem ensina-se mais isso às crianças. É só Papai Noel e presente!
Me apavora também a imagem do Natal que nos vendem. Neve, boneco de neve, pinheiro, gorro, botas, chaminé e renas num país tropical!!!
Nosso Natal deveria ser retratado sob um sol escaldante, com muito calor, coqueiro, shorts e sandália rasteira. O bom velhinho chegaria de moto, trazendo os presentes na garupa e os deixaria na portaria do condomínio.
Se eu fosse Papai Noel tirava uma folga dia 25 e iria à praia. Nem vou pedir nada, pra não cansar ainda mais o velhinho.

O Natal se tornou tão estressante... ele bem que merecia!

11 de dez. de 2010

A história secreta da Mulher Só e do Homem Sem Tempo

Capítulo XIX

Ligou o computador no horário de costume e esperou que ele entrasse. Cumpriu esse ritual nas duas últimas semanas e nem sinal do Homem Sem Tempo. Pensou em enviar-lhe um e-mail, mas não o fez. Não queria dar a impressão de que estava sem controle de seus sentimentos.
Naquela noite ele apareceu. Disse-lhe que havia viajado pra prestar um concurso em outro estado, uma verdadeira aventura, que acabara não dando resultados positivos, mas que segundo ele, fora uma tentativa de mudar de vida.
Ela sabia bem o que era aquela sensação de tentar fugir da própria realidade indo em busca de satisfação longe da segurança de um mundo que já não lhe pertencia. Gostou de saber que ele compartilhava desse ideal.
- Depois de amanhã viajo novamente – disse ele – vou a um congresso de cardiologia.
- Onde? – perguntou, sem muito interesse
- Em Lisboa.
Ela ficou gelada. A capital de Portugal ficava a pouco mais de 1.000 km dali. Uma distância ínfima, diante da ânsia que tinha de revê-lo.  Mas como contar-lhe, depois de tanto tempo, que estava morando na Espanha?
- Você conhece Portugal? – ele perguntou, trazendo-a de volta de seus pensamentos.
- Sim, estive lá em janeiro – encheu-se de coragem e disparou - estou morando em Barcelona, fazendo um mestrado e caso você tenha um tempo livre, e achar conveniente, gostaria de encontrá-lo.
Ele parou de teclar por um instante, precisava processar aquela informação. Do outro lado da tela, ela estava ansiosa, temendo uma reação negativa da parte dele.
- Isso significa que se eu não fosse a Portugal ficaria achando que você está aqui há poucos quarteirões da minha casa? Por quanto tempo me esconderia essa informação? Aonde você pensa que isso terminaria?
Não disse nada. No fundo sabia que ele ficaria chateado. Ambos pararam de teclar por um instante.
- Você vai viajar sozinho? Posso ir até Lisboa encontrá-lo.
Não sabia de onde tirara coragem pra dizer aquela frase, mas já era hora de tomar uma atitude. Aquilo o alegrou imensamente.
- Chego dia 15 no final da tarde, vou ficar hospedado no Hotel Tivoli, que fica no centro da cidade, o congresso vai acontecer lá mesmo no salão de convenções.
- Estarei no saguão do hotel, dia 16, ao meio dia.


To be Continued

9 de dez. de 2010

Se a Moda Pega...

Anteontem, dia 7 foi anunciado um aumento nas tarifas do falido e precário sistema Ferry Boat, prevendo uma novidade nada boa: Cobrança de 50% a mais nos horários de pico, e o mesmo percentual de desconto nos momentos em que quase ninguém atravessa. Tal qual a Bandeira Dois dos taxis e a tarifa aplicada à telefonia fixa. Ainda segundo a assessoria da empresa, a variação de tarifas está prevista no contrato de concessão. 
Na minha opinião, um oportunismo, visando extrair o máximo de lucro possível, enquanto aquilo lá ainda existe (sim, a ponte não é mais um sonho, afinal a copa de 2014 vem aí...).
Fato é que o aumento prejudica aqueles que se deslocam diariamente da Ilha de Itaparica pra Salvador e vice versa.
Imagine se a moda pega: Barzinhos cobrando mais caro nos fins de semana e no happy hour, mas dando desconto segunda-feira pela manhã; Parques de diversões baratíssimos de madrugada, mas na hora da matinê as crianças pagariam inteira! E por aí vai...
Para a felicidade geral daqueles que curtem a ilha, a Secretaria de Infra Estrutura do Estado interveio afirmando que a AGERBA não regulamentou a cobrança de tarifas variáveis e que o aumento não é legal. Sob protestos, a TWB, que já praticou o aumento no feriado de ontem, teve que voltar atrás, e o referido reajuste foi adiado para fevereiro do ano que vem.
Ufa! Que venha a ponte, pois penso mil vezes em atravessar pra ver a família em Nazaré justamente por conta dessa travessia chata, cara, lenta e sem conforto.

6 de dez. de 2010

Coisas da Genética

Ele veio correndo na minha direção para mostrar-me seu novo DVD, em cuja capa alguns personagens da Disney apareciam tocando numa orquestra, regida pelo maestro Mickey Mouse.
Apontou para o instrumento usado pela Margarida e perguntou:
- O que é isso, mamãe?
Fazendo o meu papel de mãe, tentei facilitar as coisas para o pequeno:
- É um pianinho, filho.
Então ele me olhou franzindo a sobrancelha e entoou uma voz bravinha, indicando que também já é intolerante com respostas pouco inteligentes, sobretudo vindas de seus genitores:
- Não é pianinho, mamãe. É xilofone!

3 de dez. de 2010

A Hora da Geração Digital - Resenha da Obra




TAPSCOTT, Don. A Hora da Geração Digital: Como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010. 

Neste livro, lançado na Europa e América do Norte em 2008, e no Brasil apenas em 2010, o autor reuniu os resultados de uma pesquisa feita com cerca de dez mil jovens, de diversas partes do mundo, os quais ele denomina Geração Digital, ou Geração Internet. A obra desmistifica a visão apocalíptica que alguns autores e especialistas têm da juventude atual, mostrando como cresceram e vivem os membros dessa geração que nasceu imersa em tecnologias, e por isso lidam com elas de forma tão natural. 

Dividido em três partes, o livro contém mais de quatrocentas páginas, onde o autor discorre ao longo de onze capítulos, sobre as principais mudanças promovidas pelo uso constante da internet pela Geração Digital. 

A obra tem como ponto de partida as diferenças entre as duas gerações mais populosas de todos os tempos: a geração Baby Boom e a Geração Digital. As mudanças no modo de ser e de viver dessa última geração em relação à primeira, são focalizadas, mostrando ao leitor como a influência do uso da internet os transformou em pessoas mais inteligentes e dinâmicas. 
Tapscott afirma que a Geração Internet está em toda parte, compactua de uma cultura global e muda o mundo na medida em que ascende. Seus pais, os Baby Boomers, que cresceram em frente à televisão, tecnologia mais marcante à época, aprendem com eles a utilizar as tecnologias. Para a Geração Digital, lidar com tecnologias é tão natural quanto respirar. O mundo não existe sem elas. Segundo o autor, tratam-se de pessoas altamente instruídas, estimuladas desde muito cedo, que por isso tornaram-se multitarefa. São exigentes, sua relação com a mídia e com a política é diferente da de seus pais. É uma geração caracterizada por oito normas, que se baseiam nas experiências deles, e estruturam também sua relação com o emprego e o consumo, são elas: Liberdade, customização, escrutínio, integridade, colaboração, entretenimento, velocidade e inovação. 
Conectados em redes sociais, essa geração não teme a exposição ou perda de privacidade; prezam a liberdade, mas sentem-se bem com a família e gostam de viver na casa dos pais. São honestos, porém desconfiados. A geração digital é engajada, não alienada. Eles lêem menos livros, mas lêem mais páginas na internet, têm acesso a mais informações, que precisam ser filtradas e processadas, o que acaba por exigir mais de seus cérebros. Os jogos on line, nos quais a grande maioria passa boa parte do tempo, também são potencializadores de áreas do cérebro importantes ao desenvolvimento de diversas funções essenciais ao exercício de profissões como Engenharia e Medicina. 
Por essas e outras razões a escola tradicional, com aulas expositivas e professores proferindo discursos, não lhes interessa. A educação para eles deve estar focada neles, visto que aprendem produzindo. A aprendizagem colaborativa é o que faz sentido para essa geração que não tolera mais a educação unidirecional praticada durante séculos. Deste mesmo modo lidam com o mundo do trabalho, que para atraí-los precisa ser apaixonante, divertido, inovador, colaborativo, desafiador, veloz e livre. 
Concluindo o livro, Tapscott cria o neologismo NGenofobia (medo da Geração Internet) em resposta a um crítico ferrenho da Geração Internet, Mark Bauerlein, que publicou um livro afirmando ser esta uma geração burra e nociva ao desenvolvimento da humanidade. Ele finaliza a obra lançando um questionamento sobre o que faremos com esse poder conquistado pela Geração Digital: Compartilharemos com eles dessa cultura ou deixaremos essa oportunidade nas mãos das próximas gerações? “Acho que o mundo será melhor se o fizermos”, encera. 

Os milhares de jovens dotados da lógica do pensamento hipertextual dão a tônica à essa primorosa obra de Don Tapscott, que desvenda o que há por trás das mudanças promovidas pela Geração Digital, em todos os setores da sociedade. 
Para essa geração há que se pensar em novas educações, pois o modelo tradicional e ultrapassado já não atende às necessidades do pensamento ágil dessa geração que Nelson Pretto chama de “alt + tab”. Eles comparam uma aula expositiva a uma TV ligada, que serve apenas de música de fundo, enquanto executam outras atividades. 
Fica claro, após a explanação dos inúmeros exemplos e dados da pesquisa apresentados no livro, que, definitivamente, os multitarefa nascidos entre 1977 e 1997 não são uma geração emburrecida; pelo contrário, é uma geração altamente informada e competente, engajada, mobilizada e dotada de um forte poder de influência, capaz de atingir escalas mundiais.

Sem dúvida uma leitura imprescindível para pais, educadores, sociólogos e psicólogos. Traz em seu escopo os resultados de uma pesquisa extremamente relevante para a compreensão das mudanças promovidas por uma geração que está imersa em tecnologia desde que nasceu, e que agora chega ao mundo do trabalho, revolucionando as formas de lidar com consumo, produção, hierarquia, liberdade e inovação.
Tido como um dos principais cibergurus do mundo, Don Tapscott é pesquisador, escritor e palestrante,  além de ser professor adjunto da Universidade de Toronto, no Canadá, onde reside. Atualmente é diretor da empresa nGenera Innovation Network, que realiza pesquisas, consultorias e programas educacionais. Escreveu ainda Geração Digital (1997) e Wikinomics (2007), dentre outros títulos como autor e coautor. 

Patrícia Michele Muniz Vilas Boas é Pedagoga, professora da Rede Municipal de Educação de Salvador e aluna do curso de Especialização em Tecnologia e Novas Educações, da Universidade Federal da Bahia.

1 de dez. de 2010

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