Palavras de Alento

30 de jun. de 2014

Diário de uma gravidez aos 41: dores e delícias da gestação

Àqueles que anseiam por notícias, vos digo: Ainda não nasceu!
A reta final é, sem dúvidas, a fase mais difícil. A mãe não pode fazer quase nada. É difícil andar, sentar, levantar, deitar, tomar banho e dormir é quase impossível. Mas mãe suporta tudo com resignação, na certeza de que está fazendo o melhor pro seu bebê.
E como já sei que nem tudo são flores numa gestação, listei 5 dores e delícias pelas quais passamos ao longo desses nove meses. 

Delícias:
  • a melhor de todas pra mim é ser paparicada. Primeiro porque, pelo meu gênio, ninguém se atreve a me paparicar. rsrsrs. Sou muito independente e despachada pra me deixar mimar, mas na gravidez é diferente, aceito de bom grado todo e qualquer mimo. E ai do ser insensível que não me fizer um agrado!
  • provavelmente quem não é mãe, já ouviu falar que sentir o bebê mexer é uma emoção única, maravilhosa, e é mesmo. Sentir que está gerando outra vida, que pulsa e cresce dentro da gente é divino. Não se compara a sentir com a mão na barriga de outra mãe.
  • preparar a chegada do filho, arrumar o quarto, as roupinhas, ficar imaginando-o ali no berço, seu rostinho... ah, não tem coisa melhor!
  • A mãe é quem precisa se abster de alguns hábitos como beber, fumar, come.r certos alimentos, perder noite e se estressar, mas acaba influenciando toda a família. Levar uma vida mais saudável, faz bem a todos. Aqui paramos de comer fora, dormimos mais cedo e como eu não posso ingerir bebida alcoólica, Preto também quase não tem bebido. 
  • Não há quem não aguarde ansiosa o dia da ultrassonografia. Além de saber se o bebê está bem,  ouvir o coraçãozinho batendo, dá pra visualizar a carinha, ainda que as imagens não sejam boas. É um momento lindo!
Dores:
  • Desde o quinto mês sofro com azia. Não é uma azia simples, é uma azia 24hs. A obstetra me receitou uma medicação, mas não funcionou. e com isso eu passo os dias de cara feia... e alguém pode ficar feliz com uma queimação constante no estômago? Agora na reta final essa situação piora muito, porque o bebê ocupa todos os espaços e o estômago fica do tamanho de uma maçã. Mesmo fracionando as refeições, ainda sinto o mal estar.
  • A uma altura dessas já me acostumei com as limitações físicas. Não poder pegar peso, não conseguir correr, subir escadas com dificuldades, falta de ar... até lavar os pés ou vestir uma calcinha fica difícil!
  • Exames e injeções. São três baterias de exames de sangue, o que pra mim é uma tortura! Se no resultado der anemia, lá vem mais injeção: cheguei a tomar dez ampolas para fortalecer o sangue! E ao final da gravidez ainda tem coleta de material na vagina e no ânus. Totalmente vexatório!
  • Montar o guardarroupa (agora se escreve assim #Estranho) de uma gestante não é barato! Principalmente porque algumas peças usamos apenas durante dois ou três meses. Mas o pior é sentir-se um balão dentro de qualquer peça. Eu fiz de tudo pra não engordar demais e consegui, porque sinceramente, não consigo lidar bem com excesso de peso (em mim).
  • Cansaço. Afff... sou muito ativa, detesto dormir de tarde ou sequer deitar fora de horário. Mas a gravidez nos deixa tão cansada que, em certos momentos, é necessário repousar. Eu trabalhei até o oitavo mês, portanto não tive tempo pra descansar de tarde. E mesmo agora que estou em casa, pesadíssima, só deito à noite pra dormir.
Ah, ter um dia de modelo fazendo o book da gravidez também é muito legal, embora cansativo. rsrsrs

12 de jun. de 2014

2010 - 2014

Copa do mundo de futebol sempre foi motivo de folia na minha família. Depois da conquista do tetra, em 1994, mergulhamos num orgulho imenso por sermos os melhores do mundo. Ao menos em alguma coisa...
Naquela época, eu, meus irmãos e amigos pensamos em fazer uma poupança durante quatro anos e ir ao mundial da França, em 98, tamanha a nossa admiração pela seleção brasileira. Ainda bem que não gastamos nosso dinheiro com aquele fiasco!
Ando desanimada com a copa... sei lá, nem de longe consigo sentir a mesma empolgação de outros campeonatos. Talvez seja excesso de senso crítico, ou o peso das 34 semanas de gravidez, ou ainda as lembranças tristes da última copa, que teimam em se fazer presentes.
No dia da primeira partida do Brasil eu recebi a notícia da doença do meu irmão. Estava num barzinho com as amigas vendo o jogo e tomando cerveja. Saí do local desnorteada e os dias que se seguiram foram angustiantes. Assisti a alguns jogos no hospital com Crístian, durante seu internamento, e procurava sempre encorajá-lo. Óbvio que aquele era o último lugar do mundo que um fanático por futebol como ele gostaria de estar vendo um jogo.
Eu lhe prometi que veríamos juntos aos jogos do mundial de 2014 pessoalmente. Sempre sonhamos com uma copa no Brasil, com a bagunça na porta dos estádios, as ruas enfeitadas de verde e amarelo.
Hoje não faz nenhuma diferença pra mim aonde os jogos vão acontecer, ou onde eu os assistirei. Estamos em casa, Bento adoeceu e vamos ficar tranquilos por aqui. Nosso apartamento fica a uns dois quilômetros da Arena Fonte Nova, onde acontecerão algumas partidas, podemos vê-la, iluminada, esperando os torcedores. Vejo de longe e não consigo me encantar.


Mas nem tudo é desalento, hoje é dia dos namorados e eu recebi minhas flores prediletas!


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