Palavras de Alento

27 de nov. de 2009

Sorrateiro

"Sorrateiro" lembra "rato"
Silencioso e ligeiro.
Assim ele é
E são suas atitudes,
Seus passos mudos
Seu olhar que diz tudo.
Sentimentos velados
Está sempre armado, alerta
Não dá brechas
Nem deixa portas abertas
E quando retornar
Em silêncio o fará
Sorrateiramente
Como um rato.

25 de nov. de 2009

Desventura

Sábado, quase meio dia, sol de primavera brilhando no meio do céu. Lá vou eu com meu pimpolho à tiracolo, fazendo o circuito Dodô ao contrário. Em uma hora e meia deveria estar do outro lado da cidade, repondo mais uma aula devida por conta da greve da categoria. Antes disso, deixar meu filho na casa do seu genitor, almoçar e.......... uma buzina soou forte, um carro quase me fechou. Imbecil, vai buzinar pra tua mãe!!!!
Passei à frente dele e acelerei, ele veio logo atrás dando sinal de luz. Vai te catar!!!! Mais à frente, sinal vermelho, e o carro dele pára ao lado do meu. Me enchi de coragem e olhei pro lado a fim de encarar o meu algoz.
Mas que algoz lindo, que sorriso... nunca uma briga de trânsito me trouxera algo tão reluzente. Sorri, surpresa. Ele gesticulava, dizendo: “Me dá seu telefone”. Brinquei, fingindo que jogaria meu celular pra dentro do carro dele. Sinal verde. Acelerei, sinalizei pra direita, ele logo atrás fez o mesmo. Subi o Morro do Ipiranga, e na descida, sinal vermelho. O carro dele coladinho atrás do meu. Ele desce, celular em punho, cheio de atitude, encosta na minha janela e pede o meu número.
No exato momento em que eu proferia os nove dígitos mágicos, seus olhos entraram pela minha janela e pousaram naqueles olhinhos pretos e redondos como duas contas cravadas na pele branca, que estavam no banco de trás.
Sinal verde. Agradeceu e se afastou sorrindo. Nunca me ligou.

12 de nov. de 2009

Bicho Tecnológico

 (da série impressões... e memórias também!)
Outro dia fui tomada por uma novidade tecnológica da qual não esperava. Conversando com uma funcionária da escola sobre um sonho que tivera com meu filho e com o número 12, sua data de nascimento, ela perguntou porquê eu não jogava no bicho. Ora, nunca faço isso (não sou de apostas, acho que só perco)... Ela então disse que aproveitaria o meu palpite, e no final da tarde reapareceu feliz da vida, pois tinha ganho alguns trocados, e mostrou-me o comprovante. Eu, pasma, achando que aquilo fosse um extrato bancário. Que nada, era a antiga “pule” outrora rabiscada em papel pardo, com cópia em papel carbono, hoje ultramodernizada, impressa numa maquininha similar às de cartões de crédito. É o jogo do bicho na era digital, a contravenção se renovando e seus adeptos se multiplicando, como se tudo fosse muito natural...

9 de nov. de 2009

Estreia



Estrear é sempre tenso, dá um friozinho na barriga, mãos suadas, medo de errar... agora estou assim, diante da tela do computador, meio sem jeito, sem saber como começar.
Caberia aqui um novo ditado: "Trair e blogar, é só começar!" hehehehehe
Tô começando, então, e daqui em diante terei muito o que blogar!
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