A versão dele:
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Sob meu forte olhar atento e juvenil a "Mulher só" nunca estava só, pelo menos, nunca a vi só, mas a contemplava. Sua vida sempre se distanciou da minha. Vivemos em mundos paralelos em espaços comuns e com pessoas bem próximas. Somente nós dois estávamos distantes. O porque, ainda não sei. Mas voltemos à mulher só. Talvez ela nem soubesse o quanto eu a desejava, o quanto representava no meu universo particular, vazio e sombrio, pela ausência de sua luz que de mim se distanciava. Deixei o tempo passar, assumindo uma postura correspondente à interpretação ou julgamento sobre o que a "Mulher Só" deixava de pensar sobre mim. Acreditava que para ela, eu era indiferente e devia tratá-la do mesmo jeito, com indiferença. Tal sensação, ao contrário do que imaginei, se modificou em razão de um momento em que, de fato, estávamos mais preocupados em um único ideal, não meu, nem dela, mas nosso. Após aquele dia, nossas diferenças começaram a desaparecer e no lugar de pensamentos muitas vezes distantes e indiferentes que caminhavam por "estradas" diferentes, surgiu uma forte amizade que ainda precisa ser cuidadosamente vivida. Agora, nossos papéis andam invertidos, apesar de nos desejarmos, acredito! Então, como não quero e não farei de um momento tão mágico e importante, como este que imagino , um a mais, não me cansarei de esperar, um pouco mais, pra viver o que a vida nos reserva de bom...