Mas por onde andava aquele homem que parecia tão assoberbado com seus afazeres, deveres e obrigações? Estaria feliz com a vida que escolhera? Já estaria a aquela altura, casado, com filhos? Não, não poderia o destino ser tão cruel assim justamente agora que ela estava livre para o amor novamente, após anos de clausura.
Num sábado à noite, enquanto se encontrava insone, rodeada por seus livros e vídeos, sua saudade foi abrandada pelo telefone tocando. Era ele. Sentiu-se invadida por um mix de sentimentos e um calor queimar-lhe por dentro. Por qual razão sentia-se assim, depois de tanto tempo? E por quê ele resolvera ligar àquela hora, após tantos meses, talvez dois anos, de desvanecimento...?
Atendeu, desconfiada. A voz do outro lado continuava a mesma, trazendo-lhe sensações que antes não podiam ser experimentadas. Agora ela permitiria que sua paixão explodisse. Queria e merecia viver esse momento.
To be continued...