Ontem assisti à película
Rock Brasília, um documetário de Vladimir Carvalho, produzido a partir de depoimentos e imagens reais da época em que alguns garotos da capital federal começaram a fazer som e adentraram o cenário musical brasileira.
Melodias ferozes e letras altamente politizadas, motivadas pelos protestos que mobilizavam os jovens no final dos anos 70 e início dos anos 80 marcaram a época e influenciaram toda uma geração. O diretor focaliza a trajetória das três bandas principais da capital do país: Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. Os próprios integrantes contam suas histórias, encontros e dificuldades pelas quais passaram até "estourarem nas paradas de sucesso".
Pra mim, que vivi a efervescência dos meus anos de adolescente embalada por essas músicas, foi fantástico, como se eu revivesse os shows da Legião, compartilhados com amigos queridos e com meu saudoso irmão, companheiro desses anos de rebeldia, festas e porres. Aquelas músicas marcaram nossas vidas e, assim como as ideologias, nos ajudavam a amenizar as dores e incertezas da idade, ao mesmo tempo em que reafirmavam o valor da amizade.
Um tempo que não foi perdido e que (infelizmente) não tem volta.