Na verdade eu não estava escolhendo, pois já sabia o que queria, estava só à procura do meu objeto de desejo.
A historinha foi pra lembrar que certas frases nos marcam para sempre, e essa de minha avó me persegue a vida toda. Hoje, quando preciso escolher, seja algo corriqueiro como um sapato, uma compra mais expressiva, como um carro, ou ainda para resolver assuntos do coração, lá vem aquela voz ecoando novamente, junto com a expressão de reprovação no rosto de minha avó, e ainda o meu medo de continuar "ficando com o pior".
Com o tempo aprendi a importância de, não só ouvir, como levar em conta a opinião certa, na hora de fazer escolhas (o diabo é achar essa opinião certa...)
Aprendi também que fazer uma escolha, por pior que seja o resultado, é melhor do que não fazer escolha alguma.
Não faz parte da minha natureza não me posicionar, porque sou verdadeira, vou fundo na questão e não me traio. Se é bom, eu quero, se não, adeus. Escolho outro.