Poderia citar diversas pessoas aqui, não os literatos, porque seria óbvio demais, mas pessoas do meu convívio, que fazem verdadeiras obras de arte com as palavras (só não o faço para não ser injusta, esquecendo de alguém).
E meu post hoje vai para essas pessoas comuns, meus amigos, meus amores, que amam a leitura e a escrita, e usam a língua como sua maior forma de expressão.
Nossa, escrevi demais (ô vício)! E pensar que eu não queria postar sob o risco de ser contundente demais, visto que especialmente hoje, minha língua está afiadíssima.
Um presente aos amantes das coisas belas:
SONETO À LÍNGUA PORTUGUESA (Publicado no Livro Gota de Orvalho, de Waldin de Lima, poeta gaúcho, no ano de 1989)
no azul do céu, vergéis e coqueirais...
e o Lácio, com fulgores divinais,
abrigava de uma virgem a presença...
Era um castelo de ouro, amor e crença,
que igual não houve, nem haverá jamais...
Onde os poetas encontraram ideais
na poesia nova, n'alegria imensa...
A virgem era a Língua portuguesa,
a mais formosa e divinal princesa,
vivendo nos vergéis de suave aroma!
Donzela meiga que, deixando o Lácio,
abandona os umbrais do seu palácio,
para ser de um povo o glorioso idioma!...