Palavras de Alento

28 de abr. de 2011

A história secreta da Mulher Só e do Homem Sem Tempo

Capítulo XXIV

Foram a um barzinho no Bairro Alto, reduto da boemia lisboeta, cujas mesas ficavam sobre a calçada, assim podia-se conversar e beber ao ar livre, como no Brasil. Ambos se agasalharam e pediram um vinho pra espantar o friozinho do final do inverno europeu. A Mulher Só mal podia acreditar que estava vivendo aquele momento com o homem que tanto desejara, e do qual por pouco não desistira.
Ele puxou a cadeira para perto dela. Brindaram. Olhava nos olhos dele de forma intensa e com um risinho contido no canto dos lábios. Era a forma que encontrara de esconder a timidez e não voltar atrás.
Jantaram, beijaram-se e um desejo incontrolável tomou conta dos dois. Ele pediu mais vinho, e ela, divertindo-se com a sensação de perigo eminente, bebia, ria e o provocava. O Homem Sem Tempo percebeu que ela bebera um pouco além da conta, por isso não demoraram a sair dali. 
Entraram no carro, que estava num estacionamento próximo ao bar. Beijaram-se e um fogo se acendeu no meio deles. Sob o efeito do vinho, a Mulher Só libertou-se de seus preceitos e não percebeu que estava entregue. Só conseguia pensar no que seu corpo pedia e que nada poderia controlar aquela sensação arrebatadora. O desejo que os consumia precisava ser saciado.
- Vou te levar para o hotel! - Sussurrou ele ao ouvido dela
Em resposta, ela pulou no seu colo, beijando-o alucinadamente. Ele queria rasgar-lhes as roupas ali mesmo, mas o celular começou a tocar insistentemente. Ela afastou-se.
- Vai atender?
Ele não respondeu, puxou-a novamente para perto de si. O aparelho silenciou por um momento, e quando já estavam novamente nos braços um do outro, ouviram um bipe de mensagem.
- Deve ser importante, é melhor você verificar - ela disse, ajeitando-se no banco do carona.
A contragosto, ele pegou o aparelho. O silêncio que tomou conta do carro naquele instante foi estarrecedor. A expressão no rosto do Homem Sem Tempo denunciava que algo muito desagradável ocorrera. Jogou o celular para o lado e pôs as mãos na cabeça, em seguida esmurrou o volante do carro.
Ela não disse nada. Apanhou o celular no chão e leu a mensagem que aparecia no visor:

"Surpresa! Vim encontrar-te em Lisboa. Estou esperando-o no aeroporto, beijos."


To be Continued

14 Recadinhos

Carol

comentou...

Nossa,fala sério! até parece que o universo estava conspirando contra! credu!

28 de abril de 2011 às 21:59
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Antônio Aruanda

comentou...

Paty, isso é sacanagem! A esposa de o HST é uma verdadeira "empata". Maldito celular! Maldita surpresa! Estou absolutamente puto! (risos).

28 de abril de 2011 às 22:40
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Paty Michele

no comando :)

kkkkkkkk
Carol, é a autora quem conspira!
Toni, a esposa dele sou eu! Ou melhor, sou eu quem "empata"!!!

bjs

28 de abril de 2011 às 22:45
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Sheila Carine

comentou...

Ninguém merece. Não sei porque existe este aparelhinho chamado celular... ai,ai...

28 de abril de 2011 às 23:03
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Anônimo

comentou...

Rapz... dessa vez eu juro que acreditei que iria rolar. rsrs

29 de abril de 2011 às 19:00
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Paty Michele

no comando :)

She, olha que o celular já ajudou muito esses dois...

Lu, ficou na vontade, mais uma vez?

29 de abril de 2011 às 19:57
Responder
Anônimo

comentou...

fiquei mesmo amor. Rs. Beijo

29 de abril de 2011 às 20:17
Responder
Anônimo

comentou...

Bom conto, Paty

Celular ajuda e atrapalha também

Bom fim de semana, beijos!

30 de abril de 2011 às 15:14
Responder
Vanessa Barbosa

comentou...

Oi Paty, tudo bom querida? Creio que nem lembre de mim pois eu fiquei muito tempo longe né hehehe.

Seu blog está massa e estou curiosa pra ler a continuação desse post viu, aposto que é uma noiva dele e a coitada cá vai ficar desiludida ou não HUAHSUDHAUS.

Mas enfim, vim aqui te perguntar se queres continuar com a parceria dos nossos blogs, estou atualizando a divulgação dos meus amigos, particularmente gostaria de continuar com a parceria, aguardo resposta. Um beeijão ;*

divinaefeminina.blogspot.com

30 de abril de 2011 às 17:28
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Kátia Tourinho

comentou...

Eu não acreditoooooooooooooo...rsrsrs Mas é muito azar! Logo agora que o vinho estava fazendo o efeito esperado,este maldito celular toca.
Mas, vamos combinar, que a MS, novamente, deu uma pisadinha de bola. Se fosse comigo, não tinha esse negócio de atender não, ele teria que jogá-lo pela janela...kkkkkkkkkkkkkkkk

Bjs amiga

1 de maio de 2011 às 05:41
Responder
Vanessa Barbosa

comentou...

Paty eu to fascinada com essa história, como essa foi a primeira vez que eu li fiquei meio perdida na história mas já me adiantei e sai lendo os capítulos anteriores, agora estou no aguardo pra o próximo.
Ah e falando na parceria obrigada por querer continuar, você não tem um banner de divulgação né? Terei que por como link.

1 de maio de 2011 às 16:21
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Lívia

comentou...

Adorei, amei, estou sem palavras pra expressar minha emoção com esse encontro.

6 de novembro de 2011 às 20:05
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Paty Michele

no comando :)

Adoro ver vocês vibrando com essa história...

24 de janeiro de 2012 às 20:01
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