Nesta data, no ano de 1973, às 14:15, eu vim ao mundo. Conta-se que foi o dia em que meu pai, então com 19 anos, vendeu sua lambreta para comprar o meu enxoval. Nunca o ouvi falar que se arrependera de ter feito a venda daquilo que representava, para ele, mais que um meio de transporte. Entretanto, sempre dizia que, ao nascer, eu parecia uma lagartixa.
Como vocês podem comprovar, aos dois anos de idade a lagartixinha estava mais bem apessoada, porém, já dava sinais de que não seria uma pessoa muito fácil. Naquela época eu não achava graça nenhuma em sorrir para fotógrafos. Hoje isso passou, sou toda sorrisos quando se fala em flashs!
Com relação ao meu aniversário, parece que todos os anos, no 15º dia do mês de janeiro, aquela menina emburradinha se encontra com a mulher adulta que completa mais uma primavera (não entendo porque se diz primavera se eu nasci em pleno verão, mas tudo bem...).
Tenho a impressão que, ao me olhar com essa carinha zangada, ela me diz: “
Te dei tanto tempo, por que você não fez as coisas de outra forma?”. E eu que, como dizem meus irmãos, costumo “botar panos quentes” em tudo, abraço aquela menininha, peço-lhe perdão e digo que estou feliz com o caminho que construí, embora saiba que podia ter dado um destino melhor a ela.
Por isso termino esse post com uma frase do Chico Xavier que diz assim:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo final".
Então, prometo à emburradinha me esforçar para mudar o que for preciso agora, de modo que tenhamos um final muito, mas muito feliz.
Comemorem comigo!