Eu não vou negar que sempre gostei de festa de aniversário, de receber toneladas de abraços, palavras de carinho e claro, de presentes! Mas as coisas mudaram um pouco. Óbvio que continuo gostando disso tudo, mas o principal agora é estar bem. Estar em paz e cercada pelas pessoas a quem eu amo.
Lembro que, na infância, por fazer aniversário nas férias de verão, neste dia eu estava sempre na casa de minha avó, aqui em Salvador (na época morava com meus pais em Nazaré). Ela fazia bolo, comprava docinhos e refrigerantes, mas não havia ninguém na "festa", além de nós duas. Às vezes aparecia uma ou outra vizinha que tinha filho pequeno. E eu passava o dia inteiro na expectativa de que meus pais aparecessem de surpresa, com meus irmãos. Eles nunca vieram.
Então depois que conquistei minha independência, todos os anos eu comemoro meu aniversário. Seja um bolinho em casa, um almoço com a família no domingo, ou uma ida a um barzinho legal. Tenho prazer em celebrar a minha vida.
Mas a sensação de que não vai aparecer ninguém nunca passou. Esse ano eu já sei quem não vai estar lá. E essa ausência me motivou a realizar um evento solidário, onde os amigos me presentearão com alimentos, que serão doados a uma instituição que apoia pessoas com câncer.
Não vai ser uma festa triste. Poder ajudar e não ter vergonha de pedir ajuda para quem precisa está me fazendo imensamente feliz. Até os amigos e familiares impossibilitados de vir, já garantiram que vão enviar suas doações.
Espero que no final das contas, todos sintam-se felizes por contribuírem.
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