Tenho dois melhores amigos. Um há 30 anos e o outro há 25. Outros tantos há quase 20 e mais alguns que foram se agregando ao grupo pelas curvas do caminho. Ter nascido e crescido numa cidade pequena me tornou uma pessoa que preza suas raízes, por isso meus amigos da adolescência fazem parte da minha vida até hoje.
Aprecio relações duradouras, gosto de preservar o que há de bom em minha vida, e meus grandes amigos estão entre essas coisas boas que quero ter para sempre. Embora em alguns momentos a vida tenha me afastado de um ou outro, a amizade é forte o suficiente para atravessar décadas, nos manter ligados, e nos fazer entrar em êxtase com um simples reencontro.
Amigos vêm e vão. Conheci algumas pessoas na faculdade, e nos diversos ambientes de trabalho, com as quais estreitei laços, mas aquelas pessoas de sempre, aquelas da vida toda, estão lá, no cantinho guardado aos especiais, a quem chamamos de Amigo.
Às vezes a vida leva alguns pra longe, seja outra cidade, estado, ou país, mas a força do amor que move a amizade não nos separa. Até quando a Dona Morte nos surpreendeu, levando alguém mais cedo, as lembranças e o amor prevaleceram vivos, fortalecendo a relação entre os que ficaram.
Procuro estar à disposição dos meus amigos, encontrá-los, visitá-los, prestigiá-los em eventos ou mesmo mantendo contato virtual (o qual não desmereço). Mas fico imensamente decepcionada com pessoas cujas agendas estão sempre lotadas, que vivem para o trabalho e não dedicam sequer um dia para prestigiar os ditos amigos.
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Aos amigos novos, o meu sincero afeto e a promessa de uma postagem dessa daqui a vinte anos. rs |