3 de fev. de 2012

Fora de Comando

Instalou-se o caos na cidade. Um terço(?) do efetivo da polícia militar encontra-se em greve desde o dia 31, e com isso a bandidagem aproveitou para aterrorizar a população, promovendo saques, assaltos, assassinatos e toda sorte de delitos que se pode imaginar. Enquanto isso, nós, cidadãos de bem, estamos acuados, trancados em  casa, amedrontados, impedidos de sair às ruas. Então nos prostramos em frente à TV e assistimos estarrecidos, porém sãos e salvos, a esse circo de horrores.
Esse é o retrato da nossa Salvador, a capital da alegria, que já foi cantada em verso e prosa, e se encontra nesse momento refém de maus políticos, homens incapazes de gerenciar um conflito que tomou proporções absurdas. A greve da PM baiana é a crônica de uma morte anunciada. A insatisfação da categoria já era de conhecimento público. Nossos policiais trabalham em condições sub-humanas, são submetidos ao stress diariamente e recebem um salário que não é condizente com o perigo a que se expõem. 
Acho a greve legítima. Toda categoria profissional tem o direito de fazer suas reivindicações, mas não podemos ser coniventes com um movimento pautado em atos de vandalismo. Há rumores de que alguns policiais andaram espalhando o terror pela cidade, fechando avenidas de grande circulação e promovendo boatos de arrastões em alguns bairros. 
A essa altura o que todo mundo se pergunta é porque num momento crítico como o que estamos vivendo nesses dias apocalípticos, os governantes (prefeito e governador) encontram-se fora do estado. E ao invés de tentarem negociar com o comando da greve, solicitam intervenção das forças armadas. Nesse exato momento há soldados do exército posicionados nos principais pontos da cidade, tentando manter a ordem. Mas os bairros populares continuam ao Deus dará. 

E eu me pergunto: Até quando?


12 comentários:

  1. Concordo plenamente com a legitimidade da greve. Os policiais militares baianos recebem um salário risível, além de possuírem péssimas condições de trabalho e equipamentos sucateados. Infelizmente os nossos
    governantes só sabem dialogar em situação de extrema pressão, o que, no caso, acabou deixando a população baiana na total insegurança.

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  2. Meu Deus, Paty,

    triste em ler isto, a bela Salvador, acuada, ameaçada.

    Inaceitáveis esses atos e omissões políticas.

    Um beijo, desejando dias melhores.

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    1. Triste mesmo, Van, mas é verdade. Hoje eu nem fui trabalhar. Espero que as coisas se resolvam.

      bjo, querida.

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  3. Oi Paty,

    Estou acompanhando os fatos pelos noticiários. É mesmo lamentável e assustador.
    A categoria não é remunerada à altura do risco que corre. Sou favorável a movimentos grevistas, mas certas categorias deveriam ser mais organizadas nesses movimentos, levando em conta o enorme prejuízo que a paralisação provoca. O governo, por sua vez, também deveria emprestar prioridade às negociações, visando o resguardo da população.

    Espero que tudo se normalize rapidamente. Cuide-se.

    Tenha um ótimo final de semana.

    Beijos.

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  4. Fora de controle. Ainda dizem que o fim do mundo não começou ainda. Como não?

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  5. Oi Paty!
    Que situação chatinha essa, hein?! Fico aqui na torcida para que tudo acabe bem!
    Já coloquei lá no post como fiz o detalhe nas unhas, obrigada por me lembrar, hehehe!!

    Bejus e um ótimo domingo!

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  6. Pois é, nós todos baianos estamos cem clima de insegurança, e tudo isso se deve a quem deveria dar total segurança a população, os irresponsáveis que se acham no direito de tirar os direitos das outras pessoas os (policiais) sem escrúpulos.
    Também deixei esse comentário lá na Cia. dos Blogueiros.
    Abraço

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  7. Oi Paty,

    como estão as coisas por aí? Espero que melhores.

    Um beijo para você e boa semana

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    1. Van, ainda sem solução, e piorando a cada dia. Estamos presos em casa, nem o ano letivo pôde começar.

      Um abraço!

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  8. Penso que greve tem que ter limite. E, nesse caso, greve tem que entrar em greve. Pelo bem e pela segurança da população.

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